terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Compartilhando...

Ah, as palavras!!! Não faz a menor diferença o tamanho delas, se o grande segredo está naquilo que podem representar. É bem verdade que nem sempre conseguem abarcar tudo que se deseja expressar, entretanto, permitir que o sentido fique em segundo plano é não perceber que em vez de edificar, elas simplesmente podem destruir, ao serem mal empregadas ou usadas.
E por falar em edificar, estamos em um ambiente que tem como princípio a possibilidade de construção de conhecimento, e isso só pode ocorrer se a palavra de ordem for COMPARTILHAR, e é exatamente sobre essa palavra que desejo falar aqui.
Não importa se ela está em desuso ou fora de moda na sociedade em que estamos inseridos, pensar que sem o COMPARTILHAR alguma situação se estabelece ou sobrevive é não compreender o que de fato é fundamental para a própria existência humana.
O ambiente virtual é uma realidade em que fica muito claro o quanto faz diferença se COMPARTILHAR os saberes, as experiências, os sonhos, os sentimentos, etc, para que os indivíduos criem situações em que o avanço pessoal produza um desenvolvimento coletivo. As tecnologias estão permitindo que essa troca se faça num nível incomensurável, entretanto, nem todos conseguem enxergar a grandeza dessa possibilidade.
Três aspectos me impressionam quando penso no COMPARTILHAR. Primeiramente, essa palavra me encanta porque ela humaniza. Reconhecer que o outro tem algo para acrescentar, é dar o devido valor aos saberes e as experiências que nos são desconhecidas, distantes ou aparentemente insignificantes; é exercitar a humildade; é ser sensível o bastante para traduzir e compreender um simples olhar.
Ora, se há valorização do outro, surge então o segundo aspecto importante dessa palavra: ela aproxima. Mesmo que o contato entre os pares se dê no ambiente visual, o ser humano tem a necessidade de saber que há alguém com quem contar, com quem trocar, com quem COMPARTILHAR. Por mais que a violência esteja provocando um estilo de vida diferenciado, a tecnologia surge como o grande meio de aproximação das pessoas, afinal, as necessidades básicas continuam sendo as mesmas, apesar de muitas coisas infelizmente se modificarem a passos largos.
Por fim, um último aspecto importante dessa palavra é que ela produz sabedoria. Apesar de muitos discursos privilegiarem o acesso ao conhecimento, sem sabedoria para lidar com tudo isso, tal esforço torna-se vão. Sem dúvida alguma, as tecnologias podem promover um COMPARTILHAR que motive e impulsione a aquisição de um conhecimento regado de sabedoria, de tal forma que os frutos não sejam efêmeros, mas que durem toda uma vida. Há um conselho que ecoa há alguns séculos que deve ser motivo de uma séria reflexão sobre esse aspecto do COMPARTILHAR: “A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sabedoria, emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento. Exalta-a, e ela te exaltará; e, abrançando-a tu, ela te honrará.” – (Provérbios 4: 7-8).
Mas por que escolhi falar sobre isso na apresentação desse blog coletivo? Porque durante o decorrer do curso Linguagem, Mídia e Sensibilidade o que mais me impressionou foi a possibilidade do COMPARTILHAR promovida a cada encontro. Alunos e professores juntos construíram, cresceram, trocaram, vivenciaram sobre a temática do curso e agora promovem um outro espaço para que se continue que esse trabalho, criando a possibilidade de muitos outros poderem compreender a gigantesca responsabilidade que temos de COMPARTILHAR o que pensamos, produzimos, imaginamos sobre a vida e sobre esse momento de revolução tecnológica que nos afeta diretamente. Cada um com sua experiência pôde acrescentar algo de novo, e com certeza, muito mais poderá ser trocado aqui.
Diante de tudo que foi dito, que tal COMPARTILHARMOS? Aproveitemos, então, essa oportunidade e esse espaço para continuarmos esse processo de troca e crescimento!!!



Marilucia Corel

Prof. Dulce Terra


Educar é COMPARTILHAR, e é isso o que ela faz de melhor!!!

Pra pensar...

Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso...
Mostre aquilo que você é, sem medo.
Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.
Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.
Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.
Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!
Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação.
Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.
Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...
Você já tornou alguém feliz hoje?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.
Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.
Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,
Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.
Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.
Ei! Você... não vá embora.
Eu preciso dizer-lhe que... te adoro, simplesmente porque você existe.

Charles Chaplin


* Contribuição da aluna Rosângela Dornas

O Caminho da Vida

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.
A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.
Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis.
Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade.
Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.


(O Último discurso, do filme O Grande Ditador)


Charles Chaplin

Um simples instante

Na maciez de uma pétala
Passeia uma gota de orvalho
Depois de tremer gélida
Por seu destino inesperado.


Mas ao sentir aquele doce toque
Que abrandou do tombo o choque
Compartilho todo o seu frescor
Num momento que representaria apenas dor.


O tempo passou rapidamente
Não foi possível determinar
Contudo, se permitiu experimentar intensamente
Um simples instante brilhar.



Marilucia Corel

Gran-Circus Norte-Americano

* Esse texto é fruto de uma atividade em grupo, na qual cada componente deveria contar uma história e depois o grupo escolheria uma delas para ser compartilhada com toda a turma e registrada para posteriormente compor este blog.

Como muitos historiadores, eu também vou escrever a minha versão sobre a tragédia que aconteceu há aproximadamente quarenta e seis anos atrás. O fato ficou conhecido como um dos maiores incêndios da História em termos de vítimas fatais, e ser afirmou na memória da cidade de Niterói.
Em 17 de dezembro de 1961, ocorreu um triste episódio nesta cidade: o maior incêndio de circo de todos os tempos. Contam que o circo se exibia numa área que hoje seria próxima à Avenida Feliciano Sodré. Os espetáculos se iniciaram na sexta-feira anterior, 15 de dezembro, e que a sessão tomada pelo fogo era a segunda matinée da tarde de domingo, que estava com lotação completa, ou seja, 2500 pessoas (espectadores). O fogo iniciou-se por volta das 15h45min, exatamente no momento do salto tríplice, um dos pontos altos da apresentação dos trapezistas,que marcava o final do espetáculo.Em poucos minutos o incêndio destruiu o Gran-Circus Norte-Americano.
A confusão tomou conta de todos, e num instante milhares de pessoas, homens, mulheres e crianças, tentaram ganhar a porta de saída aos trambolhões. A lona tomada pelo fogo ardia em toda extensão e, pouco depois, desabava sobre a multidão. Gritos alucinantes ouviam-se por toda parte.
Depois disso, o silêncio e a morte envolviam montanhas de cinzas. Foi uma tragédia onde morreram mais de 500 pessoas, sendo a maioria crianças.
Na antevéspera de Natal, seis dias depois do acontecimento, José, pequeno empresário de 44 anos, acordou alucinado ouvindo vozes 'astrais', segundo suas próprias palavras, que o mandavam abandonar o mundo material e se dedicar a vida espiritual. Tal homem pegou um dos seus caminhões e foi ao local do incêndio, plantou um jardim e horta sobre as cinzas do circo.
O local onde um dia fora palco de tantas alegrias, e que depois foi marcado por muita tristeza, passou a ser morada de José Datrino, que começou a ser chamado de profeta. Ele incutiu em muitas pessoas o real sentido das palavras “AGRADECIDOS” e “GENTILEZA”.
Foi como consolador voluntário que confortou com suas palavras muitas famílias vítimas da tragédia. Naqueles dias, também passou a ser conhecido como “José Agradecido” ou simplesmente o profeta “Gentileza”.
* Essa história é baseada em fatos reais e foi escrita pela aluna Janete.

Tudo culpa da fome!

* Esse texto é fruto de uma atividade em grupo, na qual cada componente deveria contar uma história e depois o grupo escolheria uma delas para ser compartilhada com toda a turma e registrada para posteriormente compor este blog.

Era uma vez uma menina muito feliz chamada Larissa. Num determinado dia, chegou em casa com muita fome e se deparou com uma marmita aberta que continha uma comida aparentemente deliciosa. Ela resolveu, então, comer um pedaço da carne que estava nesta marmita, pois ela pensou que fosse de sua mãe. Não se contentando com apenas 1 pedaço, comeu mais 1, mais 1 e mais 1, e quando se deu conta, havia comido toda a carne.
Quando seu pai chegou, tomou um susto, porque percebeu que não havia mais nenhuma carne na marmita. Visto isto, ele perguntou para Larissa o que acontecera ali. Ela não teve como e negar, e começou a explicar o que tinha feito. Foi só depois durante essa conversa que descobriu que aquela comida era do pedreiro.
De repente, o pedreiro entra pela cozinha a dentro, perguntando se a comida já estava aquecida, afinal era hora do almoço, e ele precisava se alimentar.
O pai de Larissa, tentando disfarçar, não viu outra alternativa a não ser dizer:
- A carne que estava na marmita caiu no chão e eu joguei fora, mas se o senhor quiser tenho ovos na geladeira.

* Essa história foi baseada em fatos reais da infância da aluna Larissa Libório e escrita por ela própria.

O Enterro

* Esse texto é fruto de uma atividade em grupo, na qual cada componente deveria contar uma história e depois o grupo escolheria uma delas para ser compartilhada com toda a turma e registrada para posteriormente compor este blog.


Numa cidade de interior do Estado do Rio de Janeiro morava Izabel. Menina curiosa e muito esperta, tinha um grande desejo: participar de um enterro. Quando estava com 7 anos, aconteceu o que ela esperava há tanto tempo. Um enterro à vista!!! Infelizmente foi de alguém que ela amava muito: Tia Candinha.

Tudo começou com Tia Candinha saindo da casa de Izabel, onde também morava, para visitar os lugares que ela nunca tinha ido naquela cidade e que tanto desejava conhecer. Ela raramente saía de casa, e sem que ninguém pudesse imaginar, aquele seria um dia muito especial. Foi à usina, passeou pelos campos, andou de trem, e ao final da tarde chegou bastante cansada em casa, mas com um sorriso no rosto que demonstrava sua imensa felicidade por realizar seu sonho.
Foi tomar um banho e enquanto isso, a mãe de Izabel preparou um chá para essa Tia tão querida. Quando ficou pronto, Izabel foi ao quarto a pedido da mãe e bateu na porta. Bateu de novo. Mais forte. O coração da menina começou a acelerar. Algo estava errado. Muito errado. Será que aconteceu alguma coisa? - pensava a menina. Será que Tia Candinha morreu? Essa era a intuição daquela criança.
Izabel foi procurar a mãe, que se encontrava em outro banheiro da casa, tomando banho também.
Ô mãe, Tia Candinha não responde!!!
O quê?
Já bati várias vezes e ela não responde!!!
Você bateu forte?
Sim, mamãe. Vai lá, vai!!!
A mãe, apressada, sai do banheiro. Preocupada, se aproxima do quarto, bate na porta, espanca a porta, arromba a porta e encontra Tia Candinha desfalecida; na realidade, falecida. Que tristeza!!! Que horror!!!
Mais tarde, depois de tudo arrumado, os vizinhos começaram a chegar para o velório que aconteceria, como de costume da época, na própria casa do falecido, no caso, da falecida. Izabel observava tudo. Ela estava radiante porque finalmente participaria de um enterro, mas muito, muito triste porque perdera a amada Tia Candinha.
No outro dia, todos estavam preparados para o enterro. Eles precisariam levar o corpo para o cemitério que ficava um pouco distante da residência da família de Tia Candinha. Para isso, precisariam pegar um trem, daí a grande curiosidade de Izabel em participar de um enterro: “o que será que se fazia no trem durante a viagem para o cemitério?”.
Mas, nesse exato momento, algo que Izabel não previa aconteceu. Na estação de trem, a sua mãe a informou que, como ela era muito nova, e para não sofrer mais, não participaria daquela fúnebre viagem. Mas, como não? - pensou Izabel. É tudo que eu mais quero!!! - continuou ela envolta em seus pensamentos.
O trem partiria em instantes. Izabel percebeu que sua mãe estava tão, mas tão triste, que não conseguia ter o controle total da situação. Foi nesse momento que ela decidiu: “eu vou”. Pulou para dentro do trem, e se escondeu num cantinho de um dos vagões, distante da mãe, e acompanhou aquele cortejo até a outra estação, e depois ao cemitério.
Tudo estava tranqüilo até o instante que o avô de Izabel a viu e perguntou o que estava fazendo ali. “Sua mãe está preocupada porque te deixou em casa sozinha e você está aqui, menina?!” - disse ele. Deu um sorriso bastante consolador, e esse foi um sinal de que a reprovação por aquela desobediência não era lá tão reprovadora assim.
Izabel decidiu que não deveria ficar mais. Já tinha visto o bastante. Iria voltar para casa antes que os outros, principalmente sua mãe, percebessem que ela esteve todo o tempo no cortejo fúnebre. Mas o trem já havia partido. O que fazer? Voltar correndo, era o jeito. Como não era tão longe assim, a menina começou a correr pelos trilhos do trem. Era a garantia de que não se perderia.
Correu, correu, correu muito, e, de repente, parou. Como podia ter esquecido daquilo!!! “Ai, meu Deus, e agora? Volto ou sigo em frente?” - pensou ela. Diante de Izabel estava um pequeno rio, e os trilhos ficavam “soltos” no ar, e a distância entre os dormentes era considerável. Em sua cabeça, só o trem conseguia ultrapassar esse obstáculo, mas voltar agora era decepcionar grandemente sua mãe por conta da desobediência. Era preciso vencer o medo. E venceu. Calculou a distância entre os dormentes, fechou os olhos e foi. Ufa!!! Passou!!! Conseguiu. Chegar em casa agora seria questão de tempo, e bem pouco tempo.
Mais tarde, quando todos retornaram do enterro, a mãe começou a explicar para Izabel o que tinha acontecido desde a estação do trem até o cemitério. A menina fingia uma curiosidade tamanha, mas não teve coragem de falar que vira tudo aquilo ao vivo e a cores. A verdade só foi dita algumas semanas depois, e ela nem apanhou por isso. O importante mesmo é que sua mãe ficou sabendo de tudo, e o grande sonho de Izabel fora realizado. Ela participou de um enterro!!! Tudo bem que não ficou até o final, mas ela sabia que teria outras oportunidades, e essa aventura nunca, jamais foi esquecida, assim como Tia Candinha também não.


* Essa história foi baseada em relatos reais da infância da aluna Izabel, escrita por Marilucia Corel.

Festa no Céu!!!

Uma vez São Pedro resolveu Fazer uma festa no céu e chamar todos os animais, então ele voltou-se para o sapo que era o animal mais fofoqueiro e disse:
- Hoje haverá uma festa no céu!
- O sapo respondeu com uma boca enorme : OBA!!!
- São Pedro vendo a euforia do sapo falou : Mas só entrará nessa festa que tem a boca pequena.
Então o sapo vendo que podia ficar de fora, fez biquinho de disse coitadinho do jacaré, coitadinho do jacaré...