terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Gran-Circus Norte-Americano

* Esse texto é fruto de uma atividade em grupo, na qual cada componente deveria contar uma história e depois o grupo escolheria uma delas para ser compartilhada com toda a turma e registrada para posteriormente compor este blog.

Como muitos historiadores, eu também vou escrever a minha versão sobre a tragédia que aconteceu há aproximadamente quarenta e seis anos atrás. O fato ficou conhecido como um dos maiores incêndios da História em termos de vítimas fatais, e ser afirmou na memória da cidade de Niterói.
Em 17 de dezembro de 1961, ocorreu um triste episódio nesta cidade: o maior incêndio de circo de todos os tempos. Contam que o circo se exibia numa área que hoje seria próxima à Avenida Feliciano Sodré. Os espetáculos se iniciaram na sexta-feira anterior, 15 de dezembro, e que a sessão tomada pelo fogo era a segunda matinée da tarde de domingo, que estava com lotação completa, ou seja, 2500 pessoas (espectadores). O fogo iniciou-se por volta das 15h45min, exatamente no momento do salto tríplice, um dos pontos altos da apresentação dos trapezistas,que marcava o final do espetáculo.Em poucos minutos o incêndio destruiu o Gran-Circus Norte-Americano.
A confusão tomou conta de todos, e num instante milhares de pessoas, homens, mulheres e crianças, tentaram ganhar a porta de saída aos trambolhões. A lona tomada pelo fogo ardia em toda extensão e, pouco depois, desabava sobre a multidão. Gritos alucinantes ouviam-se por toda parte.
Depois disso, o silêncio e a morte envolviam montanhas de cinzas. Foi uma tragédia onde morreram mais de 500 pessoas, sendo a maioria crianças.
Na antevéspera de Natal, seis dias depois do acontecimento, José, pequeno empresário de 44 anos, acordou alucinado ouvindo vozes 'astrais', segundo suas próprias palavras, que o mandavam abandonar o mundo material e se dedicar a vida espiritual. Tal homem pegou um dos seus caminhões e foi ao local do incêndio, plantou um jardim e horta sobre as cinzas do circo.
O local onde um dia fora palco de tantas alegrias, e que depois foi marcado por muita tristeza, passou a ser morada de José Datrino, que começou a ser chamado de profeta. Ele incutiu em muitas pessoas o real sentido das palavras “AGRADECIDOS” e “GENTILEZA”.
Foi como consolador voluntário que confortou com suas palavras muitas famílias vítimas da tragédia. Naqueles dias, também passou a ser conhecido como “José Agradecido” ou simplesmente o profeta “Gentileza”.
* Essa história é baseada em fatos reais e foi escrita pela aluna Janete.

Nenhum comentário: